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Primeiros cuidados com o bebê

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Muito frágil, a pele do bebê ainda não consegue desempenhar totalmente o seu papel de barreira cutânea e, por isso, fica mais suscetível a agressão de agentes externos e mais permeável à absorção de substâncias capazes de promover irritações e até a desidratação. Afinal, o sistema imunológico do pequeno ainda não está totalmente desenvolvido.

Como cuidar dos problemas de pele mais comuns no recém-nascido? 

Descamação da pele e do couro cabeludo (crosta láctea) e assaduras: esses são alguns problemas comuns que podem surgir na pele do bebê desde os primeiros dias de vida. Delicada e sensível, a pele dos bebês precisa se adaptar ao novo ambiente depois do nascimento, já que passou mais de nove meses submersa em água no aconchego do útero materno.

Pais e mães de primeira viagem ficam preocupados quando surgem esses problemas na pele do bebê. O mais importante é saber que existem maneiras de amenizar estes incômodos, evitando inclusive a vermelhidão e o ressecamento excessivo da pele dos pequenos. 

A dica é não se desesperar e escolher produtos específicos, elaborados especificamente para a pele imatura e frágil do bebê. É importante buscar por itens seguros e com eficácia clinicamente comprovada, testados sob controle pediátrico e dermatológico, que são fundamentais para manter a saúde da pele e prevenir estes problemas causados nos primeiros meses de vida.

 

Crosta láctea

Em geral, a crosta láctea pode aparecer nos primeiros 15 dias de vida do bebê e persistir até o 6º ao 8º mês. Também conhecida como dermatite seborreia, é caracterizada como uma descamação no couro cabeludo dos bebês nos primeiros quinze dias de vida da criança. Acontece com alta frequência nos recém-nascidos e, embora não seja uma condição grave, não se sabe exatamente a causa. “Pode perdurar por até um ano e só deve causar alguma aflição na mãe se o quadro se espalhar ou infectar”, analisa a dermatologista Dra Juliana Nakano.

A crosta láctea não machuca o bebê e costuma surgir sem outros sintomas. Além da descamação no couro cabeludo, podem ocorrer áreas avermelhadas nas sobrancelhas, região atrás das orelhas, axilas e pregas do períneo. Para cuidar deste problema, a médica ressalta que as “casquinhas” não devem ser retiradas de maneira mecânica, com as mãos ou utilizar uma escova dura, pois pode ferir o couro cabeludo e causar infecções bacterianas, além de causar dor no bebê. E, muito menos, devem ser usadas medicações que podem ser tóxicas. Os pais e mães podem e devem utilizar shampoo específico para essa condição e alguns cremes para tentar amolecer essas casquinhas antes do banho, utilizando uma esponjinha com cerdas macias, para remover primeiro as que estão soltas. 

“Loções para amolecer a crosta, óleo e creme hidratante podem ser usadas meia hora antes do banho”, completa. A exposição solar é indicada, desde que seja feita antes das 10 e após as 16 horas ao ar livre, sem a interferência de vidros.  

 

Descamação 

Nos primeiros dias de vida, a pele do bebê costuma descamar, normalmente nos pés e tornozelos. Essa descamação costuma ser fina, sem vermelhidão ou nenhum outro sintoma para o bebê. A Dra Juliana Nakano explica que essa alteração fisiológica é normal e acontece principalmente em bebês que nascem com maior idade gestacional. Ou seja, um bebê de 40 semanas tem essa descamação fisiológica mais intensa que aquele nascido de 36 ou 37 semanas.

 

A descamação no recém-nascido costuma ser resolvida com a hidratação diária da pele do bebê, utilizando produtos especialmente formulados para as crianças, hipoalergênicos e testados sob controle dermatológico e pediátrico. Mesmo assim, a médica orienta que é preciso ficar alerta: crianças que já nascem com a pele descamando pode ser indício de outras doenças, como a ictiose por exemplo – condição genética caracterizada pelo ressecamento intensivo e descamação excessiva da pele.

 

Assaduras

O contato com a urina, as fezes e o atrito da fralda associados ao aumento da temperatura e umidade na área coberta podem causar vermelhidões no bumbum e nas coxas do bebê. Chamadas de assaduras, essa condição tende a piorar se não for tratada, podendo até evoluir para uma infecção.

Para proteger a pele contra as assaduras, a orientação da Dra Juliana Nakano é trocar a fralda assim que perceber que o bebê está úmido. De preferência, antes de todas as mamadas. E, quando necessário, deixar a área irritada descoberta até ficar bem seca – e só depois recolocar a fralda.

Lembrando que a limpeza dessa área também pode ocasionar assaduras. Por isso, a recomendação é não lavar o bebê a cada troca, pois a remoção é limitada de substâncias lipofílicas e pode aumentar o pH da pele e sim, usar água de limpeza sem enxágue ou lencinhos livres de ingredientes questionáveis – que irrita menos a pele que os lenços umedecidos tradicionais.

É preciso, ainda, tomar cuidado com as pomadas grudentas e difíceis de tirar da pele, que podem piorar ainda mais a assadura. Não espere o bumbum do bebê ficar vermelho: os pais devem priorizar cremes com textura leve, que conseguem prevenir e tratar as assaduras leves e moderadas de maneira efetiva – protegendo contra as irritações e aliviando o desconforto do bebê.